O papa Francisco levantou os ânimos da fé dos católicos no
Brasil em sua recente visita ao país. Em curto espaço de tempo, muitos se
tornaram católicos fervorosos. Suas qualidades humanitárias cativaram a muitos,
entretanto, deixaram alguns líderes evangélicos preocupados de que isso seja
uma amostra de como será fácil para o “Falso Profeta” implantar uma falsa
religião global.
O teólogo e
pastor Ciro Sanches Zibordi abordou o tema em uma de suas colunas, onde ele
explica a importância do papa no âmbito humanitário e teológico.
Zibordi diz
que passou a ter grande respeito pelo papa e o vê como um modelo de
simplicidade e bondade no contexto humanitário. Mas alerta que no contexto
teológico o assunto é diferente.
“Fazendo
uma abordagem teológica – não confunda com análise teológica -, a visita do
papa ao Brasil foi uma amostra de como será fácil para o Falso Profeta
implantar uma falsa religião global, à luz de Apocalipse 13”, disse ele em seu blog.
Ciro
Sanches observou que com a visita do papa, em poucos dias, “artistas famosos e
jornalistas da grande mídia se transformaram em católicos fervorosos”.
E afirmou
que até muitos evangélicos ignoraram ou relativizaram questões doutrinárias
“inegociáveis” e passaram não só a admirar o papa, como também a achar que ele
é a solução para o evangelicalismo em crise.
Ciro
relembrou que a Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero se deu no
âmbito teológico por causa da deturpação das Escrituras.
“Os
reformadores se opuseram aos desvios do Evangelho! Em outras palavras, eles
protestaram contra o fato de a Igreja Católica Apostólica Romana não estar
sendo fiel à sã doutrina apresentada nas Escrituras.”
“Segue-se
que o autêntico cristianismo precisa de mudanças que transcendam a aparência de
piedade. Deus espera, na verdade, que a eficácia desta não seja negada (2 Timóteo
3.1-5).”
O pastor
acredita que mais do que a simplicidade e desapego a bens materiais, qualidades
do papa Francisco, é preciso que haja um compromisso com a sã doutrina e com a
adoração exclusiva ao Senhor Jesus.
“A
cristocentricidade (ou a cristocentralidade) do Evangelho não admite o culto à
personalidade (antropocentrismo ou antropolatria, em alguns casos), ora
presente no meio evangélico.”
Além disso,
diz ele, "o autêntico Evangelho também rejeita o culto a Maria
(mariolatria), há séculos presente no catolicismo".
“Portanto,
supervalorizar os bons atributos do papa Francisco, em detrimento de verdades
inegociáveis do Evangelho, é uma incoerência sem tamanho”, conclui.