Em depoimento, amigo do filho de PMs disse que ouviu a confissão um dia após o crime
A Polícia Civil deve ouvir, na próxima semana, dois amigos de Marcelo Pesseghini e cinco oficiais da Polícia Militar. Os depoimentos são importantes para que a investigação continue a traçar o perfil de Marcelo, 13 anos, suspeito de matar a família na madrugada do dia 5 de agosto. Os detalhes revelados até agora por colegas do adolescente foram chocantes até para a polícia.
Cinco dos dez amigos disseram que o menino revelou o desejo de matar a família. Além disso, pelo menos três deles contaram à polícia que Marcelo confessou o crime na manhã seguinte. Segundo um relato, na sala de aula um dos amigos teria perguntado em tom de deboche: “E aí, conseguiu matar sua avó?". Ao que Marcelo teria respondido secamente: "Matei todos eles".
O grupo "Mercenários", que o adolescente teria criado, teria cinco integrantes. Um deles, inclusive, teria 18 anos e seria aluno de outra série do mesmo colégio.
Cinco policias militares, superiores do sargento Luís Marcelo e da cabo Andréa, que serão ouvidos na próxima semana, vão ajudar a polícia a traçar um perfil do casal. Só se sabe até agora que eles brigavam muito e que raramente levavam o filho ao médico. Esse trabalho, segundo depoimentos, quem fazia era a avó do garoto.
A informação foi confirmada pela médica de Marcelo no depoimento à polícia. Ela também afirmou que o adolescente era muito retraído. Mas, segundo a polícia, a médica só admitiu a necessidade de um psicólogo para o menino depois que soube do crime.
Para os investigadores, é praticamente certo que Marcelo Pesseghini matou a família e se matou depois, mas ainda sobram perguntas: O menino levou a pistola do pai ao colégio para matar a diretora? O que ele pegou ou deixou no carro quando saiu da escola pela última vez? E a principal, por que Marcelo matou a família?
A divulgação dos laudos na semana que vem deve ser decisiva para a conclusão do inquérito.